A ideia de criar uma moto fumacê foi concretizada com uma certa naturalidade pelo engenheiro Marcius Costa e por um um grupo da Pontífica Universidade Católica do Rio (PUC-Rio). Afinal, todos vivem no Rio de Janeiro, que, só na região metropolitana, tem a capital e mais oito municípios em estado de alerta por causa do mosquito da dengue.Em 2008, mais de 100 pessoas morreram com a doença em território fluminense. Para combater o mosquito transmissor, as autoridades de saúde usam os carros fumacês, picapes adaptadas para espalhar inseticida pelos bairros da cidade.Pensando no problema a partir de conversas que mantivera com o próprio pai, uma década antes da epidemia explodir, o engenheiro Marcius Costa, em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio (Puc-RJ), pôs no papel o projeto da moto fumacê.E ele começou a perceber as vantagens do novo veículo: por ser menor que os outros veículos, a moto pode circular melhor em áreas de difícil acesso, como favelas, vielas, becos e terrenos baldios. “Foi pensando nessa necessidade de percorrer áreas mais isoladas, onde o mosquito prolifera com mais intensidade, que fizemos esse equipamento de fumacê para ser adaptado em motos” explica o engenheiro. No Rio, as regiões mais afetadas pela doença são a Zona Oeste e o subúrbio. A Defesa Civil pede que os moradores para que se evitem acumular água parada recipientes destampados e se desfaçam de pneus velhos. Custo reduzido Outra vantagem, observou Marcius: o custo do fumacê em motos pode ser dez vezes menor do que os equipamentos instalados em picaces e caminhões leves. O preço do equipamento sai em média por R$ 8 mil. O equipamento foi lançado em novembro de 2008. “Em 1998, meu pai pensou nessa possibilidade de adaptar o fumacê em motos. Ao longo desses anos, eu e a equipe da Puc-Rio adaptamos a ideia, concretizamos o aparelho e patentiamos o produto” afirma Marcius.
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